Por Todson Marcelo Andrade, Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Carlos Barbosa

A taxa de desemprego caiu para 6,6% no trimestre encerrado em agosto, representando a menor taxa para esse período na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). O desemprego no Brasil segue em patamares historicamente baixos neste ano, refletindo um mercado de trabalho aquecido, cenário que deve permanecer por algum tempo.

“A baixa desocupação reflete a expansão da demanda por trabalhadores em diversas atividades econômicas, levando a taxa de desocupação para valores próximos aos de 2013, quando esse indicador atingiu seu menor patamar”, afirmou a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.

Esse cenário, no entanto, aliado ao aumento constante da renda, traz preocupações com a inflação, principalmente nos preços ligados a serviços. O Banco Central já acendeu o sinal de alerta quanto à inflação e elevou a taxa básica de juros Selic em 0,25 ponto percentual na semana passada, para 10,75% ao ano.

Nos três meses até agosto, o número de desempregados caiu 6,5% em relação ao trimestre até maio e recuou 13,4% em comparação com o mesmo período de 2023, totalizando 7,281 milhões de pessoas, o menor número desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

O total de ocupados aumentou 1,2% em relação ao trimestre anterior e cresceu 2,9% em comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo um recorde de 102,517 milhões, segundo o IBGE.
Entre os trabalhadores com carteira assinada no setor privado, houve uma alta de 0,8% em comparação com o trimestre até maio, totalizando 38,642 milhões, enquanto os trabalhadores sem carteira aumentaram 4,1%, somando 14,239 milhões, ambos recordes.

No trimestre até agosto, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de 3.228 reais, em comparação com 3.209 reais no trimestre até maio e 3.073 reais no mesmo período do ano anterior.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *