As convenções coletivas de trabalho (CCT) no setor metalúrgico do Rio Grande do Sul apresentaram resultados mistos. Ao todo, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) analisou 17 convenções registradas no Sistema Mediador do Ministério do Trabalho. É importante destacar que as convenções de Caxias do Sul e Carlos Barbosa ainda não foram registradas, o que impacta a análise global.

Das 17 CCT do setor metalúrgico analisadas, 3 tiveram aumentos com reajustes entre 0,28% e 0,55%. O aumento real registrado foi de 0,66% para as convenções de Caxias e Carlos Barbosa, enquanto 14 convenções fecharam com apenas o INPC, sem aumento.

As convenções de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo e as de Máquinas Agrícolas do estado não registraram aumento, evidenciando a dificuldade enfrentada pelos trabalhadores do setor.
Quando ampliamos a análise para incluir outros setores da indústria, observamos uma realidade diferente. Dos 117 instrumentos de negociação analisados no setor industrial como um todo, 93 convenções registraram aumentos, variando entre 0,23% e 1,71%. Essa diferença nos resultados sugere que, embora o setor metalúrgico tenha enfrentado desafios significativos nas negociações salariais em 2024, outros setores da indústria estão experimentando aumentos mais substanciais.

A análise do Dieese sobre as convenções coletivas de trabalho no setor metalúrgico do Rio Grande do Sul em 2024 revela um panorama de contenção, com a maioria das CCTs não apresentando aumentos reais.
A comparação com outros setores da indústria sugere que há espaço para melhorias nas negociações do setor metalúrgico, especialmente em tempos de inflação e aumento do custo de vida. A mobilização dos sindicatos e a união dos trabalhadores serão fundamentais para buscar resultados mais favoráveis nas próximas campanhas salariais.

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