A explanação foi aberta pela advogada Katia, apresentando as transformações ocorridas no Código Civil nas últimas décadas. Na sequência, Regiane revelou detalhes sobre as constantes e diversificadas formas de violência registradas na Delegacia de Polícia de Carlos Barbosa. “Precisamos da Lei Maria da Penha para combater a violência que acontece dentro de casa, cometida pelas pessoas que justamente deveriam zelar pela mulher. Hoje, em Barbosa, acontecem mais casos desse gênero que furtos e outras ocorrências”, explicou.
Apresentando músicas famosas e admiradas pelo público, Regiane mostrou como a mensagem machista e agressiva pode estar implícita onde menos imaginamos. “’Ajoelha e chora, quanto mais eu passo o laço muito mais ela me adora”. O que é isso? É violência contra a mulher. “Se te agarro com outro te mato, te mando algumas flores e depois escapo.” Essa música do Sidney Magal é outro exemplo de como a mulher é vista como propriedade do homem”, disse.
Outra forme de violência, destacada pela psicóloga do Sindicato, Elenice, é a dependência financeira. Em plano 2020, muitas mulheres de nossa cidade não são permitidas de administrar o próprio salário e dependem do marido para comprar qualquer coisa. “Têm mulheres que os maridos não deixam que trabalhem. Também existem mulheres que não são permitidas de terem um aparelho celular. Elas ficam isoladas até da família. Ou seja, o agressor vai acabando com a rede de proteção. Aos poucos ele a afasta de todos. E o pior é que muitas mulheres que apanham se sentem culpadas. Elas acreditam que o problema está nelas. Uma frase comum que o agressor fala é ‘olha o que você me fez fazer.’”
Após apresentarem diversas situações para que as mulheres fiquem em alerta, as palestrantes explicaram sobre a rede de proteção gratuita, formada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Condim), Delegacia de Polícia, Poder Judiciário, Sistema de Saúde e projeto Mais Marias, que oferece consulta jurídica gratuitas para as vítimas. Ao término, os participantes participaram de um coquetel.
Denuncie
Em briga de marido e mulher se mete a colher, sim! Denuncie: Disque 190 e fale com a Delegacia de Polícia, ou 180 – Central de Atendimento à Mulher. Esse é outro canal de denúncias gratuito, disponível 24 horas, em todo o país.