Por Ivanor Ceratto, secretário geral do
Sindicato dos Metalúrgicos de Carlos Barbosa
O ano está acabando e a pandemia continua sendo uma sombra que nos acompanha a cada dia. Junto a ela caminha a crise econômica, que nos mostra um país desigual. Se em Carlos Barbosa os empregos foram mantidos e poucos sentem o reflexo no bolso, o mesmo não pode ser dito de outros locais do Brasil.
O desemprego salta a taxa recorde de 14,6% no 3º trimestre e atinge 14,1 milhões. O número de desempregados aumentou 1,3 milhão em 3 meses, segundo o IBGE. Em 1 ano, o país perdeu 11,3 milhões de postos de trabalho e, desde maio, menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada.
É inevitável pensar sobre o que virá pela frente. Saúde e trabalho são duas necessidades básicas para a vida e para a economia. O dilema acompanha a humanidade. Aqui no Brasil recebemos as parcelas do 13º salário. É um alento momentâneo, mas fundamental.
O 13º tem potencial de injetar cerca de R$ 215 bilhões na economia. Conforme estimativas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), este montante representa aproximadamente 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive aos empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios. Cerca de 80 milhões de brasileiros serão favorecidos com rendimento adicional, em média, de R$ 2.458.
O fato é que 2021 começará como todos os anos passados: repleto de boletos. Esses nunca param.
A esperança é que uma vacina seja liberada para trazer esperança e normalidade. Enquanto ela não chega ao Sistema de Saúde, peço que você pense mais na coletividade. Usar máscara, higienizar as mãos e evitar aglomerações é o mínimo que podemos fazer para amenizar os problemas, salvar vidas e evitar um colapso eminente na saúde e na economia.