Uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), acaba de divulgar os resultados que a pandemia e o isolamento social tiveram entre os trabalhadores informais. Os números mostram uma situação alarmante para quem não dispõe de amparo trabalhista. Mais da metade (56%) teve perda de rendimento. Entre os formais, 26% apresentaram redução darenda. A renda dos informais caiu 36%, percentual mais altodo que o verificado entre os trabalhadores com carteira assinada (12%).


Entre os trabalhadores que continuaram em atividade, mas que perderam renda, metade recebeu o auxílio emergencial. Os ocupados que acessaram o auxílio recebiam R$ 1.427 como rendimento do trabalho e tiveram perda de R$ 901em média. Isso significa que o auxílio (com valor de R$ 600 ou R$ 1.200, dependendo do caso) praticamente cobriu a maior parte das perdas.Para 76% dos ocupados cujos rendimentos foram reduzidos e que conseguiram acessar os R$ 600 de auxílio,o valordo benefício foi suficiente para cobrir as perdas. Entre os ocupados quereceberam R$1.200 com o auxílio, 92%tiveram as perdas cobertas.


Uma ocupação que chama a atenção é a de Entregador de mercadorias (de restaurante, farmácia, loja, etc.), com número de trabalhadores estimado em 646 mil pessoas no Brasil, dos quais 94% são homens e 62%, negros. O rendimento médio efetivo desse pessoal em maio foi de R$ 1.142, cerca de 18% a menos do que o habitual. Destaca-se que a massa de horas efetiva diminuiu 19% em relação ao usual, o que sugere diminuição da demanda.

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